Objetivos

Dotar os formandos de conhecimentos, competências e estratégias de intervenção na área do reprocessamento de dispositivos médicos, de acordo com o Programa Formativo da Ordem dos Enfermeiros para atribuição da Competência Acrescida Diferenciada nesta área.

Disponível em

V. N. Gaia

Estela Paiva

Coordenação pedagógica
Ana Ribas

Ana Ribas

Coordenação científica

Bruno Alves

Coordenação científica

Escola Superior de Saúde Jean Piaget em V. N. Gaia

  • Duração: 10 meses
  • Créditos: 30 ECTS
  • Regime: B-learning
  • Acreditada pela Ordem dos Enfermeiros: 3,5 CDP

O reprocessamento de instrumentos cirúrgicos é tão antigo quanto o início da prestação de cuidados de saúde a seres humanos, remontando a 1450 AC, com o Código Sanitário de Moisés onde eram referidos cuidados com a limpeza em vários contextos. Mais tarde, Hipócrates antecipava conceitos de assépsia, recomendando o uso de água fervida para lavar as feridas, sendo o primeiro a separar a medicina da filosofia. Em sua continuidade, Galeno, seguindo os ensinamentos de Hipócrates, fervia os instrumentos para cuidar dos gladiadores romanos, começando, com esta atitude, a serem cimentados conhecimentos e práticas seguras neste âmbito.

Durante muitos anos a atividade de reprocessamento estava inserida na atividade executada em blocos operatórios sendo realizada por enfermeiros do contexto perioperatório. Contudo nos últimos vinte anos, tem vindo a adquirir autonomia, estando esta tendência plasmada no manual de “Normas e Procedimentos para um Serviço Central de Esterilização em Estabelecimentos de Saúde” da Direção- Geral da Saúde.

A especificidade e complexidade do reprocessamento representa uma significativa evolução assente nos avanços técnicos, nas alterações nas ciências da saúde e nos progressos do processo legislativo aplicável.

A necessidade de formação especifica na área, deu origem em 1995-1996, ao 1º Curso de formação sobre esterilização no nosso país. Em 1997 foi criada a Associação Nacional de Esterilização (ANES),que tem por missão influenciar a evolução dos serviços de esterilização, através do desenvolvimento de mecanismos de promoção e divulgação de boas práticas.

Em 2012 surge a primeira pós graduação em “Esterilização em cuidados de saúde”, promovida pela Universidade Católica, com apenas uma edição e sem continuidade até à presente data.

No entanto, a necessidade de investir na formação de profissionais atendendo às diversas dimensões inerentes a esta prática, ganha força não só com o reconhecimento pela Ordem dos Enfermeiros, da permanência de enfermeiros na área de reprocessamento, mas também a sua sensibilização e empenho com a recente atribuição de competências acrescidas diferenciadas na área, contribuindo grandemente como alavanca para este processo de formação especifica e especializada , que tem vindo a assumir particular relevância e necessidade.

A reflexão crítica sobre a articulação entre a formação e o exercício profissional deve alicerçar-se em contributos não só de índole académica, mas também inerentes aos contextos organizacionais, interligando a formação teórica com a prática segura e uniformizada,uma vez que cada vez mais é exigido a estes serviços de reprocessamento uma prática fundamentada em aspetos cientificos, de acordo a a legis artis do momento e também as certificações por normas ISO (Internatinal Standard Organization).

No Regulamento n.º 729/2021- Regulamento da Competência Acrescida Diferenciada em Enfermagem em Reprocessamento de Dispositivos, está plasmada a formação e Desenvolvimento Profissional de Enfermeiros, que deverá ser criada de acordo com o Programa Formativo aí estabelecido, que irá certamente contribuir para a consolidação da identidade profissional do profissinal da área de Reprocessamento, através do desenvolvimento de competências pessoais e profissionais que garantam a qualidade da prática no processo inerente á melhor prática recomendada.

Pós-graduação dupla

Esta pós-graduação pode ser frequentada isoladamente ou em conjunto com a Pós-Graduação em Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, possibilitando a realização de duas pós-graduações em áreas complementares, simultaneamente. Deste modo, os diplomados adquirem dois diplomas, um por cada pós-graduação, durante o mesmo número de meses em que frequentariam uma única pós-graduação.

Área científica

Enfermagem

Com esta Pós-graduação os seus formação poderão obter a Competência Acrescida Diferenciada em Reprocessamento de dispositivos médicos atribuída pela ordem dos enfermeiros, adquirir competências para exercer funções nos grupos coordenadores locais, como membros efetivos ou como interlocutores, em unidades de saúde públicas ou privadas.

UC – Anual           CH  ECTS
Etica e deontologia 12 T; 8 TP 2
Principios de microbiologia 12 T; 8 TP 2
Investigação e métodos estatísticos 12 T; 8 TP 2
Liderança e gestão de equipas 12 T; 8 TP 2
Determinantes de prevenção e controlo de infeção 30 T; 20 TP 5
Quadro regulamentar europeu dos dispositivos médicos 12 T; 8 TP 2
Reprocessamento de dispositivos, aplicação do regulamento e prática profissional. 30 T; 30 TP 6
Componente prática em contexto de reprocessamento de dispositivos 30 S; 60 E 9

Legenda: T- Teórica; TP- Teóricas/Práticas, UC- Unidade Curricular, CH- Carga Horária, ECTS- Créditos ECTS

Requisitos de acesso

O ingresso na pós-graduação pode ser realizado por detentores do grau de licenciado, ou equivalente legal, na área das Ciências de Enfermagem.

Poderão ser admitidos outros candidatos detentores de um currículo escolar, científico ou profissional que tenha sido reconhecido, pelo Conselho Técnico-Científico, como atestando capacidade para a realização deste curso.

Obtenção de Diploma

Para a conclusão da Pós-graduação em Enfermagem em Reprocessamento de Dispositivos, o estudante deverá cumprir um plano curricular constituído por 30 créditos ECTS obrigatórios.

No final da Pós-graduação, o estudante deve ser capaz de:

  • Adotar uma postura ética, crítica, reflexiva e inovadora em contexto de reprocessamento de dispositivos médicos ;
  • Desenvolver e aplicar estratégias e práticas seguras para que os dispositivos médicos cheguem aos utilizadores finais com a segurança máxima;
  • Relacionar os conceitos de liderança, gestão de serviços de reprocessamento e prática segura;
  • Promover a tomada de decisão autónoma, valorizando a proteção da pessoa e a segurança dos cuidados.
  • Quinta e sexta-feira: 18H00–22H00;
  • Sábados: manhã e tarde;
  • Preferencialmente no último fim de semana do mês são aulas presenciais obrigatórias para quem opta pela avaliação continua;
  • As avaliações serão online ou presenciais.

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